Entreato VI Parte 1 Cenas 1 e 2
PARTE 1
Cena 1
Elisío da Lagoa, 16 de Fevereiro de 2020
Na noite seguinte, no Elísio da Lagoa, os Cainitas que estavam no Epílogo do Ato VI , na cena anterior - Anciã Ártemis, Arconte Hassam “Morte Súbita”, Servire Ather, Xerife Simon, a Cortesã Conselheira Lady Isabelle, o Cappo Della Torre Don Vitto, o Magistrado Don Martino e o novo Conselheiro Regente Viktor - são levados logo que despertam pelo Mirmidão Alcântara para a presença do Príncipe Don Guido e do Consigliere e Arauto Delfim.
O Príncipe Ventrue e seus Senescal Nosferatu estão sob a proteção de Acácio e Severiano, os Ancillae Soldados do Cappo, e pelos Neófitos Almiro e Hector. Eles parecem já estarem esperando o grupo. Em um canto da grande sala, está o corpo inerte em uma cadeira de rodas do Servire Cole. O grupo trás o corpo paralisado, como se fosse alvo de uma estaca invisível, de Dennys "Pé-de-Cabra", carregado por Ártemis.
Após receber o grupo com seriedade e firmeza, Don Guido inicia a cena com a seguinte declaração altamente formalizada:
Declaro o Helenista Dennys como Abandonado. E determino que ele seja destruído apenas pela Anciã Helenista Artemis.
O Magistrado Hecata é o mais rápido em concordar, mas algo parece captar sua atenção. Ártemis, que segurava o corpo paralisado de Denny, rapidamente o coloca de joelhos, sacando a espada do seu irmão de clã presa em suas costas, para executá-lo, sob o olhar vigilante do Ancião Banu Haqim Arconte da Justicar Malkaviana.
Já o Soldador Gangrel Marinho agilmente se coloca em posição de proteção a Don Guido, enquanto que o Soldado Tremere se adianta e remove um celular do bolso da calça do corpo de Dennys, ao mesmo tempo que toca em um amuleto em seu próprio corpo. Este gesto é acompanhado pelos olhares de Martino e de Hassam, no mesmo momento em que Ártemis está mirando a lâmina sobre o pescoço do Brujah. O Xerife Hecata Pisanob se adianta com precisão e tranquilidade, para segurar o corpo para que a Brujah Helenista possa decapitá-lo com mais precisão. Ele consegue dizer enquanto se movimenta:
"Senhor Príncipe, permita-me ajudar Ártemis a executar sua tarefa em segurança".
Simon faz tudo sob o também olhar zeloso e preocupado do Servire Gangrel. Exatamente enquanto isso acontece, o Cappo e Novo Ancião Ventrue e se aproxima de seu Sire, colocando-se ao seu lado direito. Ele comunica algo semi-inaudível ao pé do ouvido do Príncipe, apenas entendido por Almiro, ao seu lado, mas também captado pelo Magistrado e o Arconte. O Consigliere Nosferatu entã consegue ainda falar:
"Acho justo Ártemis ter o dever de destruí-lo. Ele é de sua responsabilidade, conforme ela pediu algum tempo atrás. Que assim elimine logo esse problema, que já nos atormentou por bastante tempo."
Essa palavras mal são ouvidas pela velocidade e precisão que Ártemis está empenhada em realizar a execução, enquanto mira a espada no pescoço do corpo segurado pelo Xerife. O Novo Conselheiro Regente Tremere concorda com a ordem de Don Guido, seguido imediatamente pela Cortesã e Conselheira Ventrue Cria da Falecida Príncipe de Londres. Ao mesmo tempo que a Cria de Lady Anne concorda, o Neófito Recente Hecata parece montar uma guarda e ainda tem tempo de dizer:
"Nada mais justo, considerando tudo que Ártemis sofreu com as atitudes de Dennys!"
E, numa velocidade incrível, a Valquíria do Clã dos Rebeldes decapita o "Pé-de-Cabra".
Silêncio.
Imediatamente, o corpo e a cabeça de Dennys envelhecem em uma velocidade impressionante, décadas se passam em microsegundo, seus tecidos se liquefazem até desaparecem, revelando pele e tendões mumificados, que se desintegraram imediatamente, revelando em seguida os ossos, que se quebram quando o colágeno mole dentro deles se deteriora, deixando apenas a estrutura mineral quebradiça para trás. Logo o último dos seus ossos se colapsa em pó. Sobram apenas a parte mais durável do seu corpo, seus dentes, a cera grave rubra e alguns fios de nylon, na pilha de cinzas.
Todos percebem que Don Guido dá alguns passos para trás, observando as cinzas e se senta em sua cadeira, deixando a força da gravidade agir sobre seu corpo. Seu rosto não mostra nem dor nem arrependimento, mas sua atitude corporal mostra que a coroa parece ter ficado um pouco mais pesada nesse momento. Severiano acompanhou toda a movimentação do Príncipe em uma distância que pudesse ampará-lo a qualquer momento, mas respeitando sua vontade de se sentar sozinho .
"Está feito".
A voz da Besta de Ártemis fala entre os dentes, com suas presas expostas. Martino arregala os olhos, e todos também percebem que a Anciã Helenista parece mais bestial e inumana que a poucos segundo atrás. Todos sentem a Besta da Brujah ais presente. Hassam é o único que permanece de fato impassível. E Simon é o único que não consegue evitar um pequeno sorriso predador, como se fosse algo bastante comum de se presenciar.
O único que esboça um som de verdade é Acácio, que de forma muito cautelosa e respeitosa, mostra o celular do executado:
"...Esses dispositivos podem estar sendo rastreados. Se por acaso o rastrearam até esse ponto, estamos em perigo."
Todos concordam, com cuidado para não despertar a ira da Anciã Helenista. Lady Isabelle direciona os mais novos a auxiliarem os seus anciões e sai do salão para começar a dar ordens nos Carniçais do Elísio. O Regente Viktor olha para seu Aprendiz para que ele atenda o pedido da Cortesã e sai para revisar as projeções míticas criadas por seu superior, Saavedra, o Novo Conselheiro dos Sete sulamericano, anos atrás. Simon começa a recolher com bastante habilidade os restos de Dennys, enquanto que Acácio procura nas roupas juntos as cinzas por outros objetos que possam ser hackeados, sem sucesso aparente. Almiro, com uma visível face de dor, mas tentando manter a compostura, separa uma grande sacola de sua pasta, e com a ajuda de Hector, coleta as duas armas (um 38 e um 34), bem como as roupas e presas de Dennys são entregues para Ártemis, que se mantém com sua Besta a flor da pele, enquanto segura a katana em uma de suas mãos, apertando seu cabo com força.
Viktor e Isabelle retornam. Os Membros começam a se preparar para se despedir, com acenos de cabeça e olhares solenes. O odor pestilento de esgoto do Refúgio de Alcântara nas roupas do grupo, e agora dos restos do Brujah destruído, atingem finalmente os presentes. Todos parecem querer ir embora. Quando todos reparam, o Consiglieri já não está mais no local. Ártemis parte atrás do Carniçal Percival ,para que ele indique onde Yara ficou hospedada nesta noite. É possível ver, enquanto se distanciam, que Percival tenta acalmar a Besta da Brujah. Todos os outros descem pelo elevador particular para a saída do Clã dos Escondidos, onde Alcântara está pronto para encaminhar cada um para um ponto chave, onde outros Nosferatu irão enviá-los cada qual para seus Refúgios.
Ja Don Guido continua sentado em sua cadeira, o olhar fixo no chão onde o cabeça de Dennys havia caído antes de se tornar apenas restos e cinzas, algumas flutuam no ar. O Cappo faz uma mesura e seu Sire apenas acena. Don Vitto comanda então a equipe que se retire para a sala ao lado (após alguma resistência de Severiano em abandonar Don Guido), deixando o Príncipe finalmente sozinho, com seus pensamentos.
"Uneasy lies the head that wears a crown" uma voz ecoa pelo Elísio, com o que Don Guido identifica ser um leve sotaque canadense ...
Cena 2
Viaduto de Madureira, 22 de fevereiro,
A roda de jongo termina. As pessoas começam a se recolher. É tarde, bem tarde. Alguns quiosques ainda tentam se livrar de seu últimos produtos. Em menos de duas hora o local vai ficando vazio. Apenas uma Vampira fica próxima a um das pilastras do viaduto. Ela abre sua mochila e saca 1 lara de jet e, com extrema velocidade e precisão, começa a trabalhar.
MOV termina seu graffitti. Ela fica a admirar a sua própria obra. Ficou bastante bom, ela pensa, sem falsa modéstia. Discreto, entre tantas assinaturas, dizeres, gritos silenciosos desenhados no concreto. Mas, feito de forma a atrair os olhos treinados dos que sabem ver suas mensagens. A iconografia é completamente poderosa e perceptível. A mensagem: "Atenção. Cidade. Livre. Sob. Polícia Especial. Vampiros. Clã da Lua. Arconte. Clã dos Juízes. Príncipe. Clã dos Reis. Camarilla. Guerra. Anarquistas. Clã dos Rebeldes. Caitiff. Sangue-Fraco.Cuidado. Escondam-se."
Subitamente MOV sente um pequeno arrepio. Já fazem alguns anos que ela não sente algo assim, mas quando isso acontece é porque significa perigo. Ela usa o velho truque e amplia seus sentidos. Quando termina de dar uma volta, em sua frente, está quem ela procura:
"Velhas notícias. Mas, muito bem feito. Parabéns, garota."
Dizzy sorri com seus caninos a mostra. MOV dá um passo para trás.
"Calma, calma, calma, eu venho em paz, viada". Dizzy recolhe os caninos. A camelô Malkaviana se aproxima da Grafiteira protetora dos Párias. "Eu sou Reconhecida na Camarilla, mas eu não frequento aquelas festas mauricinhas deles. Não tô vindo nem em nome da Torre, nem de Príncipe, Arconte, Justicar, nada disso."
"Que você quer, Barreti?"
"Porra, viada, me chama de Dizzy. Eu quero fofocar. Só isso."
"Tô ligada que você é amiga da Valéria. Você vai me entregar pra ela e ela pro Hassam."
"Aquela feiticeira do caralho? Nem fudendo. Ela tentou me passar a perna. Minha coterie com ela e a 'Bernarda' já era. Olha, eu tô querendo bater papo mesmo. Vender informação é coisa dos Clãs delas. Eu só tô querendo uma companhia legal pra conversar essa noite. Demorei pra caralho pra te achar. Pode ser?"
MOV se surpreende com o ataque de sinceridade da Lunática.
"Não que fosse difícil. Tem uma galera na tua cola. Acho que tão querendo até te converter lá pro culto do Breton...."
Dizzy puxa um cachimbo de crack. Coloca um pouco e ascende.
"Não tô nada interessada em culto de… Ei, que porra é essa, mana? Isso não funciona na gente."
Dizzy dá uma tragada, e fala pra dentro enquanto retém a fumaça dentro de sí.
"Você que pensa, viada. Dá pra curtir um barato".
Ela solta, gargalhando. MOV dá um meio passo para trás, sentido o cheiro do crack no ar.
"Isso é uma parada que uma Toreador Antitribu me ensinou uns 15 anos atrás, parece que ela aprendeu com um Haqimita lá da Mão Negra que aprendeu com um Goratrix, acredita? Eu também não. Mas vai, pega isso aqui"
Ainda duvidando, MOV pega o cachimbo.
"Essa época a Dominique estaria enlouquecida preparando mais um daqueles bailes dela. Pra alegrar a Camarilla e o Sabbat. Palla Grande e Baile da Guilda Toreador no mesmo pacote. Isso que era genialidade. Não tinha coisa igual. O pessoal da Camarilla daqui tá pirando sem o que nos fazia diferente dos outros. Essa porra de mistura. Sabe? Faz muita falta... Eu queria que a Lucy voltasse. Que a Primel voltasse. A Nestora.. Queria que a Ignácia, o Sebastião, o Gratiano voltassem. Droga, até queria que o Mestre Afonso e Frei Diego voltassem..."
"Vem cá...Eu vou ficar segurando essa merda a noite toda enquanto você fica toda vintage, ai?"
"Então, a parada é a seguinte: quando você sugar, inalar, você pensa em tossir. Não precisa fingir que vai tossir, nem forçar uma tosse, só pensa que você quer tossir."
MOV obedece as instruções. Ela para após sugar a fumaça do cachimbo e, de repente ela solta o ar. O que acontece é quase inacreditável. MOV sente que o crack entrou no seu vitae, ela arregala os olhos e sorri perplexa para Dizzy.
"Puta que pariu. Eu não sinto isso assim tem muito tempo!"
"Tô te falando, viada, só quero bater papo, de boa. Eu sou foda."
"Porra, eu tô muito louca."
As duas gargalham. MOV se aproxima finalmente sem desconfianças de Dizzy.
"Então, MOV. Eu vou ter que ir no próximo Elísio. Pegou mal pra caralho a maioria dos Neófitos faltarem…."
"Nunca mais quero voltar naquele antro. São um bando de hipócritas fingindo que são a Camarilla do século retrasado."
"Olha, não sabia que você já tinha ido..."
"Todas temos segredos..."
"Certo, viada, certo. Olha, eu não quero me meter nos teus assuntos. Mas, parece que a parada da Guerra é séria. Aqui o bicho ainda não pegou, mas eu tô recebendo umas notícias de fora..."
"Tô sabendo."
"E o que tu vai fazer?"
MOV aponta para o Graffiti.
"Já tô fazendo, Dizzy"
"Cara, vem comigo, a gente se apresenta juntas, tem uns neófitos e até ghouls precisando de companhia, de ajuda, os anciões tão paranóicos com a parada da SI, tão nessa de ajudar a montar coteries…."
MOV faz não com a cabeça.
"Porra, MOV. Não me deixa nessa sozinha. Tem a Torre, a SI, essa porra de um bando de Cainita na rua que não se une, os Sangue-Fracos… E tem essas coisas do mato..."
MOV não se abala.
"Ok, ok. Mas, sem ajuda a gente não vai sobreviver sozinhas..."
MOV sorri.
"Dizzy, acho que você vai gostar de saber que, mesmo com toda essa merda, tem um cara ai que quer tentar bater papo com todo mundo."
"Todo mundo?"
"Todo mundo que interessa se salvar. Nós. Os Caitiff. Os Vespertinos. Os Neófitos da Torre. Os Deslaçados do Movimento."
"Perai, você tá falando sério?"
"'Fora de sacanagem'."
"Qual é a desse cara? Vai querer ser Barão, nessa altura do campeonato?"
"Não sei. Só sei que ele quer bater papo com todo mundo de igual pra igual."
Dizzy para por um tempo. Olha pra noite como se visse nas estrelas alguns sinais. Nesse momento algumas nuvens começam a tomar o céu. Dizzy puxa novamente o cachimbo. Acende. Bafora. Gargalha.
"É sério isso, viada?"
"Eu ia te mentir pra que?"
Dizzy passa o cachimbo para MOV. Ela aceita, mas antes que trague, ela ouve a Malkaviana, que diz:.
"Os caras mataram uma daquelas criaturas da mata no Elísio, sabe? Ela morreu que nem Cainita. Mas todo mundo diz que não é Cainita. Eu sei lá, não tava lá pra ver... E parece que mataram o Dennys. O Dennys! E disseram que quem matou a Dana foi a SI. E o Nascimento foi diablerizado pelo "Fake Brian"! Porra!.... E tão caçando entre eles mesmo. Querem saber onde foi parar todo mundo. Todo mundo que não hipócrita como eles. Dominique. Saramago. O nosso camarada Téo. O Timóteo, aquele menino doce embaixo de pele de Nosferatu! O nosso menino de ouro, MOV! A esperança que, qualquer que fosse a merda, alguém ia olhar por nós. Agora até o Dennys, que sacaneava eles mas tinha culhão de encarar eles foi morto! A parada tá séria..."
Elas ficam em silêncio. Depois de 20 segundos, MOV ascende e traga.
"Fodam-se. Eu vou fazer aquilo que prometi".
"Porra, viada. Tu não presta, mesmo. Eu… Posso ficar contigo? Eles explodiram meu Refúgio coletivo, os caras do Anjo Vingado lá... E tô já uns meses na rua. Durmo nos esgotos pagando favor pra Nosferatu. Sem o Timóteo... Bom ... Vendo sangue pra Ghouls Independentes e pros da Sara pra fazer droga de vitae. Eu tô precisando… "
MOV dá de ombros.
"Tudo bem. Eu te apresento umas pessoas"
"Do rolé Anarquista? Tô fora!"
"Do rolé dos Sem-Clã. Alguns querem fazer como você, ir lá lamber botas do Iate Club. Outros querem só ser Autarcaras, mesmo..."
"Só que o Príncipe falou que tá em guerra com quem não é Camarilla..."
"E o Senescal disse que vai tolerar quem ficar na sua." "Ele falou isso?"
"Falou, sim. Enquanto o Príncipe tava viajando..."
"Dizzy, você não tá viajando?"
"Você acha que eu ia viajar com a minha não-vida?"
Elas se entreolham serias. De repente, as duas caem na gargalhada.
"É, eu sei, eu sei. Eu ia viajar, sim." "Num é?"
"Pois é..."
Silêncio.
"Viada, tem um papo que o Malaquias se mandou. E a porra da Secretária, que era gente boa, tá trancada no Pinel. Eu to ferrada. Minhas costas quentes acabaram. Minha ex Coterie só não me vendeu porque devem estar cagadas de sangue também. A única vantagem é que eles tão mais preocupados com os sumiços que com quem tá na rua… Quem é tão merda que nem a SI vem pra cima. Só que os Anciões tão indo embora, logo o Claudinho Principado vem atrás da gente..."
"Falando em SI, vamos embora. Tem um bueiro aqui que se a gente entrar e tocar uma sineta, em 10 minutos aparece um Nosferatu pra nos levar pro meu novo Refúgio..."
As duas começam a caminhar pela calçada em direção á rua. Surge um taxi no final da curva, ele acelera e passa da pista do meio para a próxima da calçada. Faz isso com be pouca perícia, o pneu chega a quase encostar no meio fio. O carro para próximo a elas. Um taxista bêbado abre o vidro, abrindo a camisa e afrouxando o cinto da calça. Elas se entreolham.
"As duas gostosas precisam de uma carona? Eu não cobro dinheiro pela corrida, se vocês forem bem safadas comigo.. Hehehe… Se é que vocês entendem..."
Ele fala isso abrindo o zíper da sua calça. A voz de MOV fica completamente irresistível para a vontade de um mortal.
"Para o carro ali embaixo do viaduto, no estacionamento abandonado, meu bem. E você vai ganhar a mamada mais incrível da sua vida".
O taxista acelera empolgado. Elas voltam a se entreolhar, agora com ambas com os sorrisos predadores, com os caninos salientes.
"Nada como uma saideira pra terminar a noite bem, né, viada? Vamos secar esse babaca pra comemorar nossa aliança..."
"Uma coisa de cada vez, Dizzy. Vem, eu vou cuidar pra que você durma bem hoje de dia. Mas, não me sacaneia, viu? Senão eu te mando direto pro culto do Breton."
"Do jeito que eu tô, o culto dele nem parece má idéia.. Dizem que o templo dele protege da SI e dos Kamakogari."
"Shhhh... Vamos. Nosso saco de sangue nos aguarda".
Elas entram no carro, no escuro. O Carro sacode, gritos, sangue nas janelas. De repente, ele para. As duas saem, lambendo os beiços. Dão alguns poucos passos, abrem juntas um bueiro do chão do estacionamento, e descem fechando-o.
Em breve: Cenas 3 e 4....
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